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terça-feira, 27 de junho de 2017

Crítica | Power Rangers (2017)


O longa estreou dia  24 de março de 2017, com direção de Dean Israelite e roteiro de John Gatins. O filme acompanha a trajetória de cinco adolescentes comuns, que descobrem dons extraordinários quando eles percebem que a sua pequena cidade, Angel Grove, e o mundo inteiro está a beira de ser extinto por uma ameaça alienígena. Escolhidos pelo destino, os jovens heróis descobrem rapidamente que eles são os únicos que podem salvar o planeta. Mas, para isso, eles terão que superar seus problemas da vida real e se unir como os Power Rangers. 

Power Rangers é a “malhação” dos filmes de super heróis. Temos uma hora e meia, de diálogos expositivos, piadinhas sem graça e clichês de drama adolescente. O primeiro ato do filme é uma mistura de “Clube dos Cinco” e “Velozes e Furiosos”, com uma historia de origem que nunca acaba.

O filme sofre do mesmo problema de reboots como Vingador do Futuro de Len Wiseman (2012) e “Robocop” de Jose Padilha (2014). Os tempos mudaram, junto com o jeito de fazer cinema. A linguagem e os efeitos especiais não são os mesmos. O novo visual, tanto dos Rangers, quando do assistente robótico Alpha 5 não agradou a todos quando foi divulgado, mas em cena, funcionam muito bem.

A Abordagem realista para atualizar a linguagem da serie funciona em partes. O desenvolvimento dos personagens é bem feito até certo ponto, mas depois começa a ficar incessantemente chato e é arrastado até os 30 minutos finais, aonde finalmente começamos a ver um filme dos Power Rangers que os fãs gostariam de ver.

As interpretações deixam muito a desejar. Dacre Montgomery (Jason, Ranger Vermelho), Naomi Scott (Kimberly, Ranger Rosa) e Becky G (Trini, Ranger Amarela) tem atuações fracas, Ludi Lin (Zack, Ranger Preto) é muito desfavorecido pelo roteiro e RJ Cyler (Billy, Ranger Azul) é um alivio cômico sem graça que chega a ser irritante.

Bryan Cranston (Zordon), Bill Hader (Alpha 5) e Elizabeth Banks como a vilã Rita Repulsa estão muito bem em seus devidos papéis e são os atores que mais se destacam (muito por conta dos dramas fraquíssimos envolvendo o quinteto de protagonistas). A vilã é uma mistura do clássico com uma visão sombria que se encaixa perfeitamente no contexto do filme. A cena inicial que envolve Zordon e Rita Repulsa, junto com algumas cenas na parte final que funcionam pela nostalgia são as melhores coisas do filme.

Tirando os dilemas adolescentes que dão sono durante o longa, Power Rangers é um bom filme de origem. Os efeitos são decentes, as sequências de lutas são boas e a fotografia que brinca com as cores da armadura dos personagens é bem aplicada. A fraca trilha sonora só se destaca quando a clássica “Go Go Power Rangers” é tocada em uma ótima cena que é pura nostalgia. A ação no ultimo ato do filme é exatamente o que se espera quando se trata de Power Rangers. Os 25 minutos finais são exatamente o que os fãs gostariam de ver, mas não vale a pena aguentar as entediantes primeiras 1h 30m de filme. Sua eventual sequencia tem potencial para ser melhor.

Nota: 4.5

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