O longa estreou
dia 24 de março de 2017, com direção de Dean Israelite e roteiro de John
Gatins. O filme acompanha a trajetória de cinco adolescentes comuns,
que descobrem dons extraordinários quando eles percebem que a sua pequena
cidade, Angel Grove, e o mundo inteiro está a beira de ser extinto por uma
ameaça alienígena. Escolhidos pelo destino, os jovens heróis descobrem
rapidamente que eles são os únicos que podem salvar o planeta. Mas, para isso,
eles terão que superar seus problemas da vida real e se unir como os Power
Rangers.
Power Rangers é a “malhação”
dos filmes de super heróis. Temos uma hora e meia, de diálogos expositivos,
piadinhas sem graça e clichês de drama adolescente. O primeiro ato do filme é
uma mistura de “Clube dos Cinco” e “Velozes e Furiosos”, com uma historia de
origem que nunca acaba.
O filme sofre do mesmo
problema de reboots como Vingador do Futuro de Len Wiseman (2012) e “Robocop”
de Jose Padilha (2014). Os tempos mudaram, junto com o jeito de fazer cinema. A
linguagem e os efeitos especiais não são os mesmos. O novo visual, tanto dos Rangers, quando do assistente robótico Alpha 5 não agradou a todos quando foi
divulgado, mas em cena, funcionam muito bem.
A Abordagem realista para
atualizar a linguagem da serie funciona em partes. O desenvolvimento dos
personagens é bem feito até certo ponto, mas depois começa a ficar
incessantemente chato e é arrastado até os 30 minutos finais, aonde finalmente
começamos a ver um filme dos Power Rangers que os fãs gostariam de ver.
As interpretações deixam
muito a desejar. Dacre Montgomery (Jason, Ranger Vermelho), Naomi Scott
(Kimberly, Ranger Rosa) e Becky G (Trini, Ranger Amarela) tem atuações fracas, Ludi
Lin (Zack, Ranger Preto) é muito desfavorecido pelo roteiro e RJ Cyler (Billy,
Ranger Azul) é um alivio cômico sem graça que chega a ser irritante.
Bryan Cranston (Zordon),
Bill Hader (Alpha 5) e Elizabeth Banks como a vilã Rita Repulsa estão muito bem
em seus devidos papéis e são os atores que mais se destacam (muito por conta
dos dramas fraquíssimos envolvendo o quinteto de protagonistas). A vilã é uma
mistura do clássico com uma visão sombria que se encaixa perfeitamente no contexto do
filme. A cena inicial que envolve Zordon e Rita Repulsa, junto com algumas
cenas na parte final que funcionam pela nostalgia são as melhores coisas do
filme.
Tirando os dilemas
adolescentes que dão sono durante o longa, Power Rangers é um bom filme de
origem. Os efeitos são decentes, as sequências de lutas são boas e a fotografia
que brinca com as cores da armadura dos personagens é bem aplicada. A
fraca trilha sonora só se destaca quando a clássica “Go Go Power Rangers” é
tocada em uma ótima cena que é pura nostalgia. A ação no ultimo ato do
filme é exatamente o que se espera quando se trata de Power
Rangers. Os 25 minutos finais são exatamente o que os fãs gostariam de ver, mas
não vale a pena aguentar as entediantes primeiras 1h 30m de filme. Sua eventual sequencia tem potencial para ser melhor.
Nota: 4.5
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