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sábado, 2 de dezembro de 2017

Livro bom é livro aberto

Imagem: Internet

No dia 29 de outubro é comemorado, no Brasil, o dia nacional do livro. E a data não passou em branco, pois o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) realizou a campanha “Leia.Seja.”. Centrada em transformar obras da nossa literatura em peças teatrais Interpretadas por personalidades conhecidas no país, como Bernardinho, Cauã Reymond e Pedro Bial, o objetivo era difundir o valor do livro e seu papel transformador.

A campanha reacende o debate sobre o apreço do povo brasileiro pela leitura e faz questionar se os dados apresentados em anos recentes mudaram. Em 2015, duas informações relevantes foram divulgadas sobre o assunto. O instituto Pró-Livro apresentou a 4ª pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, informando que a média de leitura da nossa população estaria em torno de 4,96 livros por ano. Já o então ministro da cultura, Juca  Ferreira, foi um pouco mais pessimista afirmando: “1,7 livros per capita ano é uma vergonha”.

Ainda é possível levar em conta o levantamento realizado pela agência NOP World, para medir hábitos de mídia, que coloca o Brasil em 27º lugar no ranking de leitura dos 30 países estudados. Sendo que países como Venezuela (14º) e Argentina (18º) se encontram bem à frente da nossa nação. Fato que o ex-ministro não deixou de ressaltar, afirmando que estamos “abaixo do índice de leitura de vários países vizinhos com índices de pobreza maior do que o do Brasil”

Na pesquisa “Retratos da Leitura do Brasil”, feita em 2016, dentre os motivos para o brasileiro ler tão pouco são citados: falta de tempo (32%), não gostar de ler (28%) e não saber ler (20%). Essa pesquisa nos revela dados alarmantes sobre algo pouco discutido: o analfabetismo. Apenas 8% da população brasileira é capaz de ler, compreender e se expressar através de números e letras, o que é chamado de alfabetismo proficiente.


Existem 14 milhões de Analfabetos absolutos e um pouco mais de 35 milhões de Analfabetos funcionais, conforme as estatísticas oficiais. Isso implica diretamente na mão de obra, temos que importar trabalhadores porque falta qualificação. Além da vida profissional, outro aspecto impactado é a saúde. A probabilidade de essas pessoas terem uma boa saúde é de 56% e 21% de praticar algum exercício físico.

As condições sócio-econômicas também sofrem por isso. Segundo dados do economista Ricardo Paes de Barros, sobre a baixa escolaridade, as chances de um homem não alfabetizado conseguir um emprego formal é de apenas 45% com renda a cerca de R$ 600,00. A meta de erradicar o analfabetismo adulto no Brasil está longe de ser alcançada. O número chega a 12,6 milhões de pessoas com 15 anos ou mais.

As causas desse problema são diversas. Entre elas está a precariedade social em que o indivíduo está inserido e a falta de incentivo ao estudo. A chance de um jovem filho de analfabetos concluir o ensino médio na idade estimada é de 38% enquanto o de alfabetizados é de 69%. Mas isso não é novidade, é? Todos sabemos, já há tempos, que o analfabetismo é um problema, mas que ninguém resolve e poucos tentam. É uma “Vida Maria” onde a história se repete, “o de cima sobe, e o de baixo desce”.

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Por Carolini Déa, Fernanda Facchini e Juan Lamonatto

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