Foto: Ricardo Moraes/ Reuters. |
O Comando Conjunto das
forças federais, que está intervindo no Rio de Janeiro desde 16 de fevereiro,
divulgou no dia 12 de março que realizará operações diárias na Vila Kennedy
onde 300 militares darão apoia à Polícia Militar no patrulhamento. O objetivo? Oficialmente,
auxiliar a Secretaria de Segurança Pública da cidade a conter a violência cada
vez mais alarmante.
A questão da segurança é
problemática, especialmente em ano eleitoral, quando há apenas um candidato à
presidência com uma proposta coesa, ainda que controversa, para problemas como
a violência. Porém, é preciso observar com mais cuidado a situação pois há
alguns agravantes que devem ser levados em conta.
A começar pelo fato de a
capital fluminense não ser, nem de longe, a cidade mais violenta do país.
Segundo dados divulgados pela BBC Brasil, na lista das 50 cidades mais
violentas do mundo, 17 são brasileiras e nenhuma delas é o Rio de Janeiro.
Entre elas estão Natal (4ª no ranking geral), Porto Alegre (39ª) e Campos de
Goytacazes (45ª).
Se não é pela violência em
si, qual poderia ser o motivo? Talvez o fato de ser um dos maiores centros
turísticos nacionais e, portanto, uma das cidades mais visíveis, nacionalmente
e internacionalmente. O exemplo perfeito, a demonstração perfeita. De que? De
que o há uma proposta de segurança pública eficiente, a do MDB, que até agora
não passava daquele que segurava “pelas barbas” o posto da presidência, mas que
sempre fora a moeda de troca que pendia a balança em diversas corridas
eleitorais.
Antes, sem muita força e
enfrentando atritos com diversos grupos, inclusive aliados. Agora, com a
proposta que faltava a qualquer dos lados para conquistar de volta os votos da
frente “bolsonariana”. Então, resta a pergunta: quem se beneficia com a
intervenção? O país? A população carioca? Ou determinado partido, com
interesses ocultos e muita fome pelo poder que nunca conquistou sozinho? Mas as
cenas dos próximos capítulos vão revelar muito mais os rumos que estas eleições
irão tomar.
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