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sexta-feira, 30 de março de 2018

Crítica: Sonho de uma noite de verão

Foto: Sabrina Moreira/ Divulgação.

Apresentação: Festival de Teatro de Curitiba 2018
Obra/Peça: Sonho de uma noite de verão
Data: 30/03/2018
Direção: José Mario Ferreira do Carmo
Companhia: Cia experimental de teatro do CIAC - ES
Duração: 60 minutos

Resumo
Antes do casamento de Hipólita, rainha das Amazonas, com Teseu, duque de Atenas, ela tem que resolver uma disputa entre Hérmia e seu pai Egeu. A jovem ama a Lisandro, mas o pai dela que força-la a casar-se com Demétrio. Após planejar sua fuga, Hérmia conta à Helena seu plano. Esta, por ser apaixonada por Demétrio, conta a ele com a intenção de ficar a sós com ele na floresta, perseguindo o casal fugitivo. Porém, a mata é cheia de fadas e elfos e Oberon, rei dos elfos, arma um plano junto a Puck (um de seus súditos) contra sua esposa Titânia e acabará por confundir o amor dos jovens atenienses que serão arrastados nas peripécias dos seres mágicos.
Como o diretor apresenta
As cenas se desenrolam num único cenário representando a floresta. Os personagens se intercalam em cena com raros momentos de encontro entre núcleos diferentes. Na maioria destes encontros Oberon e Puck se ocultam sob a névoa mágica dos elfos para não serem vistos. A iluminação empregada se modifica de acordo com o núcleo apresentado e a profundidade da mágica envolvida.
Contexto Cultural
A obra é renascentista pois foi composta em um período em que a cultura do ocidente estava se abrindo novamente à antiguidade grega e romana. Na arte de forma geral, mas especialmente na pintura, isso se transparecia no surgimento de diversas figuras ligadas às religiões pagãs. Aqui, vemos diversos trechos de dramaturgos como Ovídio e Apuleio, além de referências a personagens clássicas como Hipólita e Teseu.
Se trata de um momento onde os pensadores começaram a deixar de lado as limitações religiosas e a xenofobia para buscar inspiração em obras de grande valor histórico e cultural. Algo que um dia havia sido cultura dos grandes, foi subjugada e, no Renascimento, trazida de volta aos círculos intelectuais.

Crítica
Os atores têm entre 13 e 15 anos, com exceção de uma que estava como substituta de emergência. Considerando isso e que se trata de uma companhia experimental e amadora, a peça foi bem desenvolvida e chama a atenção para questões como a liberdade da mulher.
Além disso, foi especialmente expressiva a atuação do jovem que representava Puck que se destacou nas peripécias do personagem.
Apesar de diversos problemas de dicção e da falta de presença de palco de alguns atores, especialmente levando em conta a inexperiência, foi uma produção digna de nota no Festival de Teatro.

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Juan Lamonatto/ Lamparina

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