Imagem: Pixabay. |
Os Geeks são pessoas com
forte envolvimento em novas tecnologias relacionadas às diversas áreas do
entretenimento, como computadores, games, livros, filmes e cultura pop em
geral. É como se eles fossem especialistas nas áreas que curtem, pois se
dedicam a pesquisar e aprender tudo sobre ela. Não são antissociais, pelo
contrário, a cultura geek vem lançando muitas tendências.
Dentro desta tribo existem
diversas divisões, você não precisa necessariamente gostar de todas as coisas
citadas à cima. Hoje são eles: fãs de computadores, fãs de games, de animes e
mangás, de séries de televisão, de ficção científica, entre outros. Essa
cultura se propagou e se popularizou, fazendo com que muitas pessoas passassem
a consumir os produtos e não tivessem mais medo ou vergonha de receber esse
nome. Hoje quem compra e assiste filme de heróis é descolado.
Para tratar do tema,
trouxemos três produtos jornalísticos diversos. O primeiro é uma pesquisa e uma
reportagem sobre as definições de geek, a origem do termo e suas interpretações.
O segundo é um programa radiofônico com uma entrevista com Fulvio Pacheco, da
Fundação Cultural de Curitiba. E, por fim, o terceiro é uma série de vídeos
lançados no Instagram e Facebook da Lamparina, com comentários da equipe sobre
o assunto e entrevistas com geeks/ nerds se posicionando.
Impacto
econômico
No mercado de cinema, 6
das 10 maiores bilheterias da história são filmes voltados ao público nerd e
geek, faturando mais de 2 bilhões de dólares, como por exemplo: Star Wars,
Harry Potter e Vingadores. Entre os livros Best Sellers de maior sucesso estão:
O Senhor dos Anéis, O Hobbit e Harry Potter que venderam mais de 700 milhões de
exemplares e ainda continuam vendendo, além de novas obras que se destacam a
cada ano.
Com toda essa popularidade
crescem os investimentos em lojas, o dono da franquia Piticas decidiu investir
nesse crescente mercado e teve retorno. A empresa chegou a todos os estados
brasileiros e, entre lojas e quiosques, estima faturamento de R$ 120 milhões em
2015 e 54% em 2016. As lojas são especializadas na produção e venda de
camisetas de personagens do mundo geek, também apostou em diversas linhas de
licenciamento para atender todo o tipo de nerd. Segundo a Associação Brasileira
de Licenciamento (Abral), esse segmento movimenta R$ 18 bilhões por ano.
Um dos segmentos da
cultura Geek são os gamers, que estão ganhando um grande espaço e sendo
reconhecidos como uma prática esportiva. Como consequência de toda essa
popularidade, em 2016 a SporTV transmitiu o
ESL One Manila, um dos principais campeonatos internacionais do video
game Dota 2. O Dota 2 é um jogo baseado em elementos de RPG e cuja meta
principal é destruir o "ancião", que fica no centro da base do time
adversário. Cada equipe é composta por cinco jogadores, que assumem o papel de
um personagem.
A nossa equipe conversou
com um jogador profissional de Counter-Strike, Erick de Oliveira que tem 27
anos. O Counter-Strike é uma série de jogos eletrônicos de tiro em
primeira pessoa multiplayer, no qual times de terroristas e contra-terroristas
batalham entre si, respectivamente, realizando um ato de terror e
prevenindo-os.
Ele afirmou que obteve
grandes lições jogando “Na vida precisamos nos dar bem com as pessoas, ter boas
companhias, ter um ciclo bom de pessoas ao nosso redor e conseguir administrar
isso, no jogo é a mesma coisa”. Disse também que precisamos ter compreensão,
paciência com os companheiros de equipe, e tudo isso também faz parte da vida
real.
Erick, hoje concilia seu
trabalho em uma empresa de sistemas com o de gamer. “É possível viver com a
carreira de gamer, conheço jogadores que ganham mais de 4 mil reais por mês”. E
ainda aconselha “Se quiser entrar no ramo se dedique, pois não é um ramo muito
fácil”.
Com cerca de 45 milhões de
jogadores, o Brasil é o quarto país do mundo em número de praticantes de jogos
eletrônicos, segundo um levantamento do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social. O Mark Zuckerberg, criador do Facebook é atualmente um dos
homens mais ricos do planeta, é considerado um geek. Será que o investimento
nesse público não valeria a pena?
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Por Fernanda Facchini,
Matheus Ribeiro e Juan Lamonatto
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