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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Casos recentes de golpes reacendem preocupações

Por Giancarlo Mazza, Juan Lamonatto e Matheus Ribeiro


Selfie feita pelo britânico Max Hepworth-Povey, surfista que teve as fotos roubadas..


Após a história do falso fotógrafo de guerra brasileiro, com mais de 120 mil seguidores em uma rede social e imagens publicadas em sites internacionais de grande visibilidade, velhas preocupações voltaram à tona. Entre nossos amigos virtuais, contatos e seguidores existem perfis com identidade falsa?


Depois de o caso ser descoberto, o criador do personagem Eduardo Martins deletou as contas nas redes sociais. Segundo o especialista em mídias digitais Rodney Nascimento “ele utilizou de toda uma articulação pessoal para chamar a atenção e dar credibilidade aquilo que ele estava fazendo.”


Para o especialista a falta de checagem das fontes foi essencial para o sucesso do falsário. “Todas as pessoas que acreditaram nele não checaram fontes. Um dos grandes problemas que passamos na internet é esta checagem, ninguém parou para checar se as imagens e os créditos realmente eram dele”.


Durante o tempo em que levou o crédito de fotos alheias, postadas em suas redes sociais, e fingiu estar arriscando a vida nas áreas mais violentas do planeta como Síria, Iraque e Faixa de Gaza, o golpista até mantia contatos com outros profissionais com o nome de Eduardo Martins.


Segundo o psiquiatra Moacyr Alexandre Rosa “A motivação principal disso tudo não pode ter sido simplesmente enganar as pessoas conscientemente. Alguns casos são tão graves e as pessoas persistem na mentira por tantos anos que a própria pessoa já não consegue diferenciar mais o que ela inventou e o que realmente aconteceu em sua vida”.


O caso da falsa gravidez de Ribeirão Preto
 
Falsa grávida expondo barriga. Fonte: R7.


Essa historia aconteceu logo após o caso da jovem que inventou sua gravidez para se vingar do ex e só foi descoberta no aniversário de um ano da suposta criança. A descoberta da falsificação do exame de gravidez aconteceu na véspera da comemoração de um ano de Laura, que nunca existiu. Uma festa que custou cerca de R$ 2.800,00, apenas de buffet.


Com documentos falsos, Pâmela, a falsificadora, entrou na Justiça para obrigar o ex-namorado Victor Sedassare (suposto pai da criança) a pagar todas as despesas da gestação. Após o nascimento da criança, no entanto, o rapaz nunca conseguiu ver a menina.


Após a descoberta de que Pâmela falsificou o exame de gravidez, no dia que seria comemorado o primeiro aniversário de um ano de Laura, o juiz do caso mandou um oficial de justiça na casa da falsa mãe para que a criança fosse apresentada. Nesse momento Pâmela pensou em uma saída mais assustadora, roubar a filha de uma amiga que também se chamava Laura.

Pâmela foi encaminhada à delegacia e agora faz tratamento em uma clínica psiquiátrica. No boletim de ocorrência foi levantada a hipótese de a mulher ter sofrido de gravidez psicológica mas, para o psicólogo Luiz Manuel Marzola, “a gravidez psicológica termina quando a mulher vai até a consulta com o médico, quando é relatado que realmente não existe nenhuma gravidez. Esse caso, claro que é preciso fazer exames mais profundos, mas ela tem todas as características de um comportamento psicopata”.

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